O que não te contaram sobre Audiências Virtuais

Quando falamos em meios alternativos de resolução de conflitos, estamos trazendo um conceito onde a sociedade civil se mostra capaz de escolher o caminho mais apropriado para que um litígio chegue a termo, sem, necessariamente, buscar a tutela do Estado para tanto.

 

Neste sentido, cumpre evidenciar que os meios de resolução de conflitos online (ODR), tem se destacado tanto em casos extrajudiciais quanto em demandas já judicializadas, tendo em vista que permitem que o diálogo seja possível sem que as partes estejam fisicamente no mesmo ambiente.

 

No entanto, é muito comum que se imagine que apenas por meio de uma videoconferência, com data e hora marcadas, seja possível resolver um conflito online. O que se revela um equívoco.

 

Isto porque, ambientes online também podem acolher audiências virtuais assíncronas, possibilitando que as partes transmitam mensagens remotamente e recebam as respostas sem a necessidade de acesso simultâneo, o que permite ações pensadas e melhor elaboradas, focando em melhores estratégias para todos os envolvidos, portanto, evitando o calor das emoções.

 

Ressalta-se também, a maior facilidade em iniciar o diálogo, visto que não é necessário que todos estejam presentes no mesmo momento, o que potencializa a produtividade dos profissionais envolvidos tornando esta modalidade muito mais eficiente.

 

Assim, não é possível ignorar o expressivo benefício que ambas as formas de resolução de conflitos online trazem, sobretudo após esse período de restrição nas interações presenciais. Contudo, devemos estar atentos a todas as possibilidades que as novas tecnologias nos trazem e sempre considerar a forma mais adequada para a realidade em que estamos inseridos.

 

Autor:
Ricardo Luiz é Co-Fundador do Acordo Fechado, lawtech de negociação online que tem como objetivo evitar ou encerrar litígios por meio do diálogo trazendo benefícios diretos aos advogados, empresas e ao próprio judiciário. Co-Fundador da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs. Além de Co-fundador da Legalnow, Lawtech que organiza a relação entre autor, judiciário e advogados.