Tudo sobre PIX: a chave de transações financeiras deste tempo

O que é PIX bancário? Como funciona o PIX? O que muda com o PIX? Certamente, nos últimos dias, você ouviu alguém falando sobre o PIX, o pagamento instantâneo brasileiro criado pelo Banco Central. De forma simples, e, poucos segundos, os recursos são transferidos entre contas. Esse meio de pagamento funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana.

A adoção de moeda digital vem crescendo bastante nos últimos anos. Com a pandemia e o distanciamento social, a preferência por transações eletrônicas aumentou. E em novembro de 2020, o Banco Central lançou de vez o PIX.

A seguir, explicamos o que é o PIX do Banco Central, como ele funciona e como utilizá-lo. Apontamos também os cuidados no uso e os motivos para utilizar o PIX pagamento. Confira!

Como o PIX funciona?

Você já sabe como funciona a chave PIX? O meio de pagamento que realiza transações instantâneas não traz tantas novidades. Isso porque o PIX pode ser considerado uma reunião dos pagamentos via TED, boleto e cartão. Exatamente.

O PIX paga boleto e faz transferência eletrônica apenas com o uso do celular. A única diferença é que você não precisa saber onde a outra pessoa tem conta. Basta a chave PIX. Para pessoas físicas, há um limite de 30 PIX por mês. O PIX para PJ (pessoa jurídica) é de graça em alguns locais, mas nem todos. Porém, é um valor bem abaixo dos valores de TED e DOC.

Para funcionar, é preciso ter a chave PIX. E o que é isso? São 5 tipos de chaves:

  • Chave aleatória (sequência alfanumérica gerada aleatoriamente);
  • Número de celular;
  • CPF ou CNPJ;
  • QR Code;
  • E-mail.

Como usar o PIX

O primeiro passo para fazer um PIX é cadastrar uma chave PIX em sua instituição financeira. Ela identifica o recebedor de maneira prática e rápida. Para receber, não é preciso ter uma chave cadastrada. Basta que o pagador faça a transferência pelo PIX para que o recebedor veja o valor na conta.

O cadastro pode ser feito em banco tradicional (Banco do Brasil, Caixa, Itaú e Bradesco), banco digital (Nubank e Banco Inter), outras instituições financeiras (algumas corretoras de valores) e plataformas de pagamento (Mercado Pago).

E em quais meios? Nos canais oficiais das instituições financeiras, como aplicativo, internet banking e terminais de autoatendimento. Não é preciso baixar um aplicativo específico.

Se você precisa pagar ou transferir, basta informar a chave PIX de quem receberá o valor. A outra opção é capturar, com a câmera do seu celular, o QR code gerado pelo recebedor. É possível pagar estabelecimentos com o QR que fica no balcão desses locais.

Se você receberá os recursos, basta fornecer uma chave para quem for pagar. Da mesma forma, é possível gerar um QR Code e disponibilizar ao pagador.

Por fim, é possível fazer e receber PIX também com os dados pessoais e da conta bancária, exatamente como ocorre atualmente com TED ou DOC. Novamente, se você ainda não se cadastrou no sistema, mas tem conta em uma instituição que oferece Pix, poderá receber valores com os dados pessoais e da conta bancária.

Cuidados: o que não fazer ao usar o PIX?

Na hora de usar o PIX, você pode cometer alguns erros. O primeiro deles é cadastrar a mesma chave em bancos diferentes. Em cada instituição, você pode cadastrar várias chaves, mas nenhuma pode ser repetida em outro banco. Por exemplo, se você cadastra o CPF no Banco do Brasil, ele só poderá ser utilizado para fazer ou receber PIX no Banco do Brasil. Mas você pode cadastrar seu número de telefone no Nubank.

Outro erro é confundir a chave na hora de transferir o dinheiro. Basta um número errado no CPF para que a transação seja feita para pessoa diversa da pretendida. Por isso, leia atentamente a tela de confirmação para conferir os dados do destinatário.

Uma questão muito importante é saber se o PIX é pago. Um erro comum é acreditar que o PIX é gratuito independentemente do número de transações. Ele tem o teto de 30 transações mensais para pessoas físicas. Fique atento se seu banco cobrar algum valor caso você não tenha atingido o limite. Pessoas jurídicas devem pagar pelo PIX em algumas instituições, confira as tarifas pelo uso do serviço.

Outro erro que pode ser cometido pelas pessoas é fornecer chaves com dados pessoais a desconhecidos. Em caso de transações entre desconhecidos, é melhor gerar um código aleatório. Assim, não se compromete a segurança e a privacidade dos dados pessoais.

Por fim, vale ainda destacar dois erros comuns: ler QR Codes suspeitos e deixar o celular desprotegido. No primeiro caso, é sempre importante se certificar de que a pessoa física ou jurídica é confiável. Verifique também se o celular abriu o link da instituição financeira. No segundo caso, é uma atitude básica de segurança.

Quem ganha com o PIX?

O meio PIX pagamento veio para facilitar a vida das pessoas. De acordo com o Banco Central, o pagamento instantâneo oferece rapidez e disponibilidade aos usuários, e é um recurso fácil e barato de usar. Mas o baixo custo e a boa experiência dos clientes não são os únicos motivos pelos quais as pessoas ganham com o PIX.

O Banco Central acredita que o PIX será capaz de incentivar a eletronização do mercado de pagamentos de varejo. No mesmo sentido, pensar que o meio de pagamento promove a inclusão financeira e resolve muitos problemas quanto aos instrumentos de pagamentos disponíveis atualmente à população.

Vale lembrar que o PIX pode ser utilizado para transferências e pagamentos entre pessoas físicas, entre pessoas jurídicas, entre pessoas físicas e jurídicas, e também para transferências envolvendo entes governamentais.

Modo PIX no mundo

Agora que você sabe o que é PIX, deve estar se perguntando se o Brasil é pioneiro na modalidade de pagamento instantâneo. Não é. Nosso país é, sim, incluído em estudos sobre esse meio, porque oferta TED há muitos anos. A TED também demora pouco tempo. No entanto, desde 2016, o BIS (Banco de Compensações Internacionais) separou as modalidades.

Pagamento instantâneo é aquele feito em tempo real e que pode ser realizado 24 horas por dia e em 7 dias da semana. O usuário é notificado instantaneamente. De acordo com essa classificação, o Brasil não se enquadrava no grupo. Até 2020.

Atualmente, menos de 50 países apresentam sistemas de pagamento instantâneos. O destaque fica para Reino Unido e Índia, países nos quais o Brasil se espelhou para desenvolver o PIX.

Na Índia, o lançamento ocorreu em 2010 e é atualizado constantemente. Em 2016, lançaram a Interface Unificada de Pagamentos (UPI). Ela permite que o usuário cadastre o telefone e o número de registro nacional (tipo um CPF) como chave, além de permitir o uso de QR Codes. No Reino Unido, o cadastro majoritário é do número de telefone. Em 2019, foram realizados 36 pagamentos instantâneos por pessoa.

Por que fazer um PIX?

Porque ele aumenta a velocidade das transferências. Isso traz agilidade para o dia a dia de pessoas físicas e jurídicas. De acordo com o Banco Central, é uma transação tão segura quanto TED e DOC.

Outro motivo para fazer um PIX é a disponibilidade. Assim como a Acordo Fechado, ele funciona 24 horas por dia e 7 dias por semana, inclusive feriados. No Acordo Fechado, as partes dependem apenas de si e de um horário conjunto disponível para fechar o acordo.

Por isso, já pensou em acertar as negociações com PIX? Ele é versátil, um instrumento que pode ser usado para pagamentos independente de tipo e valor da transação, entre pessoas, empresas e governo.

 

O PIX veio para revolucionar as transações eletrônicas no Brasil. Seja com dados pessoais, chave aleatória ou QR Code, você poderá enviar e receber dinheiro instantaneamente. Com o tempo, milhões de pessoas passarão a utilizar este meio de pagamento.

Será o fim do papel moeda?